É isso que eu queria ver poww
Power Rangers dispensa qualquer tipo de apresentação. Entre os anos 1990 e 2000, a série foi um estrondoso sucesso, estando nas telinhas de várias gerações de crianças e adolescentes. Muito inspirada na séries de heróis japoneses, Power Rangers mesclava ação, uma aventura ingênua, comédia, efeitos bem exagerados e até mesmo defeituosos, e um visual extremamente colorido e espalhafatoso. Anos depois os heróis que antes vestiam colãs e capacetes, agora recebem uma nova roupagem e tentam se inserir no gênero dos filmes de super-heróis.
A proposta desse filme é conferir ao grupo de heróis um extremo realismo, tanto pelos temas que aborda como o visual que carrega. Se isso pode parecer ousado, levando em conta o imaginário acerca dos Power Rangers, nota-se que o projeto é uma profusão de tendência nos atuais blockbusters do gênero. Suas cores frias, sua câmera em punhos, a trilha musical grandiosa à la a Hans Zimmer e até a batalha épica envolvendo um monstro gigante no final. Se essas são características que colocam Power Rangers num local pretensioso (pelo menos em sua atmosfera), o longa acaba ficando taxado pela sua falta de originalidade e previsibilidade.
Dirigido por Dean Israelite (Projeto Almanaque) e escrito por John Gatins (O Voo), o filme é uma narrativa de origem como sempre foi prometido, baseando-se na tentativa de criar um novo universo, uma nova mitologia para o que já é bastante conhecido. Dessa forma, uma das coisas mais interessantes é que a dupla realmente vai buscar a gênese daquela série, buscar quase a essência daquelas narrativas. A conclusão que Power Rangers chega é que aquele universo é totalmente juvenil, a realidade então deveria estar atrelado a problemas da própria adolescência.