Análise Deadpool The Game

Análise Deadpool The Game

Veja análise completa do mais novo lançamento de jogos da Marvel, Deadpool o mercenário tagarela está sob seus comandos a partir de agora.

Apresentação

O jogo estrelado por Deadpool não perde o senso de humor, logo na primeira cutscene o famoso anti-herói da Marvel faz muitas piadinhas. Após a rápida cutscene de abertura, você controlará o personagem através de sua casa, onde há som de pessoas transando em outros apartamentos, academia com boneca inflável e posteres engraçados pelas paredes (inclusive do Wolverine). Infelizmente nada do jogo é traduzido para português, nem legendas nem voz, então se você não entender inglês, as piadas em sua grande maioria não terão graça alguma.

O jogo deixa você brincar na sua casa por um tempo até sua campainha tocar com uma garota querendo lhe entregar uma caixa, no seu interior há o roteiro de um jogo, que é completamente alterado por Deadpool, para criar mais uma piada, alegando que o anterior era chato.

Deadpool tem a voz de Nolan North, que já havia interpretado o personagem em desenhos, tornando bastante interessante para os fãs que já acompanhavam o personagem em outras mídias. Junto de Deadpool há sempre um narrador, ele conta a você coisas que você deve fazer e conversa com o personagem, aliado de quadrinhos de narração.

Depois de sua casa, você aparece em um esgoto dando início ao jogo de fato, sendo apresentado um tutorial básico e pequenos obstáculos, coisas sem sentido na vida real ou nos quadrinhos é rapidamente sacaneada por Deadpool e o Narrador, como quando explicam pra você sobre upgrades e o Narrador pergunta como isso é possível, e o Deadpool responde “Isso é o que chamam em jogos de upgrades “, sempre seguindo esse ritmo, a cada ação ou coisa nova que você aprende uma nova piada é feita.

Gráficos

Os gráficos de Deadpool não tem pretensão de ser realistas, ele está mais para um filme adulto de animação, podendo ser notado pela falta de textura, iluminações artificiais e inimigos virando patê mas tudo bem redondinho e bonito. Provavelmente o ar cartoonizado foi dado pelos desenvolvedores pelo motivo que o jogo é baseado em um personagem nada realista, o Deadpool é uma das revistas mais doidas que existem.

O gráfico não vai de deixar na mão e deixar desapontado, ele cumpre bem sua função no ambiente em que foi colocado, não sendo nada maravilhoso nem nada que deixe você olhando torto para o jogo, pelo menos não por questões gráficas.

Os uniformes e os rostos dos outros personagens que aparecem na história, como Psylock e Wolverine, foram modificados, com o traço completamente diferente das histórias em quadrinho, pode ser que seja o traço de algum desenho mas desconheço.

Jogabilidade

Depois que o tutorial é apresentado a você, nada de diferente vai ser acrescentado além de armas e upgrades nos combos e no Deadpool. O jogo se baseia em dois botões de ataque, um Light e rápido e outro Heavy e devagar, e um contra-ataque, que é o mesmo botão de teletransporte do Deadpool, e nem sempre o jogo responde no contra-ataque, pode ser que o personagem tenha levado um hit de dano em área, ou algo que o faça parar de atacar e você sair de cima do mob que você está batendo com teleporte. Além do combate marcial, você também tem a arma de fogo, que é mirado e atirado como qualquer outro jogo de terceira pessoa.

O jogo é baseado no sistema de upgrades e compras de armas, pouquíssimas coisas você vai achar no chão, e quando acha é por tempo limitado; a cada combo e inimigo morto, será gerado pontos, e esses pontos que serão utilizados para seu upgrade tanto no personagem quanto nas armas, podendo comprar tanto novas armas de combate corpo a corpo (de adagas até marretas), quanto novas armas de fogo, tendo vantagens e desvantagens claras em cada uma.

Deadpool The Game é basicamente aqueles jogos que nós sentimos saudades de Ps1 e Ps2 de super heróis, andar pra frente e bater em inimigos com os poderes de quem somos fã, e é basicamente isso que você fará nesse jogo, além de rir com as piadas insanas e besteiras faladas.

A variedade de inimigos é ínfima, com 2 horas (ou menos) de jogo você já viu todos os inimigos que você verá pela frente, menos os chefões, mas que também se repetem! Sim, os chefões se repetem, são 3 chefões, e no final do jogo você tem que lutar contra os 3 novamente, JUNTOS. Não é pra você se assustar de ter que lutar com os chefões juntos, caso você não saiba, Deadpool tem cura mutante, então é só ficar alguns segundos sem levar dano que sua vida começa a se regenerar, tornando as lutas, mesmo contra chefões, muito fáceis.

Para você que for jogar no PC sem joystick, se prepare para ficar com os dedos doloridos se mantiver os comandos padrões, WASD para andar, QEZ para bater, B para contra atacar e teletransportar, NM para trocar armas de fogo e brancas, U para recarregar e interagir com o mapa, G para soltar flashbang e SPACEBAR para pular.

Enredo

O enredo é iniciado através de um script, mas depois Deadpool se toca que aquilo não é só um script, e começa a notar alterações, como seus amigos da Marvel intervindo. Caso você não conheça ícones Marvel como Wolverine e Cable, você pode apertar um botão que gerará um vídeo de apresentação falando sobre o personagem de maneira humorada e mostrando capas de revistas com o Deadpool ao lado dele.

A melhor parte do jogo sem dúvidas é o enredo, não é nenhum épico, mas é a prova que um filme do Deadpool precisa sair e com o gênero Comedy/Action, mesmo que seja só em animação. Para se ter noção de qual a loucura que Deadpool chega, um desenvolvedor liga para o Deadpool reclamando que ele está explodindo coisas demais, e que apesar de virtual, custava muito dinheiro para eles.

Seu corpo é explodido, sua roupa é destruída, um pula pula é o suficiente para amortecer uma queda de 100 andares, toneladas de C4 para abrir uma única porta, e por ai vai a insanidade de Deadpool.

Toda a história é guiada através de cut-scenes, e o mapa que elas o levam são apenas: “Vá do A ao B matando o que aparecer a sua frente, e quando aparecer micro obstáculos que não lhe informaremos como passar, passe-os com o apertar de um botão”.  A grande vantagem é que mesmo para quem não é muito fã ou conhecedor do Deadpool, se divertirá com referências Marvel, também muito presentes no quadrinho.

Som

O jogo nesse quesito peca feio, por algum motivo os desenvolvedores não optaram em colocar uma trilha sonora, o que é muito estranho (eu chuto corte de verba), ele tem todo o estilo de ter um fundo com AC/DC ou algo do gênero, mas não há nem um eletrônico medíocre.

A sonoplastia também não é nada interessante, apesar de no início (na casa de Deadpool) ter um som ambiente rico, você se decepcionará futuramente percebendo que não há essa riqueza ao longo do gameplay. O som das armas também peca, são sons caricaturados, o que não faz muito sentido, seria uma ótima ferramenta de contraste entre realidade e cartoon, que infelizmente foi deixada de lado. A única parte sonora que merece ser bem falada são as vozes dos personagens, elas são muito bem colocadas, os desenvolvedores tiveram o cuidado de utilizar dubladores que já trabalhavam com a Marvel, fazendo você não achar nenhuma voz estranha em algum personagem.

Comentários Finais

Como dito no tópico Jogabilidade, a ideia do jogo é lembrar jogos antigos de super heróis, nada complexo e bastante divertido, mas resta saber se um jogo de andar para frente matando o que você vê, com boas piadas e um combate simples e fácil lhe satisfará durante 6~10 horas.

Caso você seja fã do Deadpool é uma compra que você deve realizar, é um jogo divertido e facilmente levado em poucas até o final, caso você não pare no meio do caminho pela repetição da jogabilidade. Caso você não o conheça ou não goste, recomendo esperar o preço do jogo cair de preço para joga-lo, já que é um jogo sem multiplayer e com o single extremamente repetitivo que talvez precise de um pouco de esforço para chegar ao final. Se você não souber inglês, não comendo de jeito nenhum o jogo, já que 80% da diversão está na fala dos personagens.

Notas

Apresentação: 8.5 – A apresentação do jogo é muito interessante, mostrando exatamente qual vão ser os níveis de piadas encontrados durante o jogo, mas acredito que o tutorial poderia ter sido realizado enquanto você andasse pelos mapas, como é a muito tempo nos jogos, e não uma área segura para você aprender os comandos e depois uma porta se abrir. Outro ponto negativo é a falta de legendas em português, excluindo completamente o jogador que não sabe inglês da narrativa cômica.

Gráficos: 7.5 – Os gráficos tem um estilo próprio de cartoon, mas é bastante pobre em todos os efeitos, mas é um estilo que não deixará você incomodado, se encaixa bem ao estilo que o jogo quer apresentar.

Jogabilidade: 7 – Andar pra frente, matar os mesmos inimigos centenas de vezes e comprar armas mais legais, é basicamente nisso que a jogabilidade se baseia, o que pode ser divertido por algum tempo, mas perde a graça rapidamente, só podendo ser levado ao final pelo enredo e tamanho do jogo (6~10 horas)

Enredo: 10 – Deadpool e o namorador em conjunto farão você dar boas risadas ao longo do jogo, sempre que é criada uma brecha uma piada nova surge. Apesar da história ser um pouco clichê, o como ela desenrola é bastante interessante e cômica.

Som: 6 – A única coisa merecedora de elogios na parte sonora são as vozes dos personagens, dubladores da própria Marvel, tirando isso toda a parte sonora é bastante fraca, mas nada que faça você se incomodar, porém fará você ignorar, ser completamente indiferente a qualquer efeito sonoro. A falta de uma trilha sonora do estilo do Deadpool faz muita falta durante os combates, os mini boss e os boss que levam algum tempo para serem mortos são extremamente monótonos.

Nota Final: 8.0