quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Dica da Anime - Jujutsu Kaisen



Com uma primeira leva de episódios que introduz o incrível universo do anime, além de protagonistas e vilões extremamente cativantes. A série está disponível na Crunchyroll.


Na primeira temporada, para salvar uma amiga, o jovem Yuji Itadori acaba comendo o que não devia e se torna hospedeiro da maior maldição de todas. A partir desse momento a vida dele muda completamente e ele passa a integrar a escola para feiticeiros Jujutsu. Com seus colegas Nobara Kugisaki e Megumi Fushiguro, e o professor Satoru Gojo, Yuji passa a lutar contra inimigos tenebrosos. Confira cinco motivos para você começar a maratonar Jujutsu Kaisen ainda hoje!


ANIMAÇÃO ACIMA DA MÉDIA

Anime Jujutsu Kaisen (Mappa/reprodução)

O anime recebeu uma atenção especial do estúdio Mappa. Entre ataques por causa da animação de Attack on Titan (Shingeki no Kyojin, no original) e denúncias de más condições de trabalho por parte de animadores, o estúdio conseguiu entregar excelentes resultados no quesito arte em Jujutsu.

Além dos belos visuais em cada episódio, os clipes de abertura e encerramento também são um show à parte. Se esse aspecto é importante para você, já tem um motivo para dar play na primeira temporada.

HISTÓRIA SÓ MELHORA

Anime Jujutsu Kaisen (Mappa/reprodução)

Caso animes com desenvolvimento ruim tenham traumatizado você, saiba que, até agora, a trama de Jujutsu se mantém firme e fiel ao que sempre se propôs. Se esse ritmo for mantido, a trama tem tudo para fazer história. As próximas temporadas prometem muito.

Além dos mangás e da série animada, a franquia também está prestes a ganhar o filme Jujutsu Kaisen 0, que será fundamental para a compreensão dos eventos futuros no anime.

PROTAGONISTAS E VILÕES LEGAIS

Anime Jujutsu Kaisen (Mappa/reprodução)

O desenvolvimento dos personagens também não vai mal no anime. O elenco de protagonistas é cativante, bem como o de vilões. Sempre há momentos de descontração entre as batalhas, o que torna o anime uma ótima zona de fuga para quem está cansado da rotina.

Um exemplo disso é o treinamento do protagonista Yuji Itadori, que precisou maratonar diversos filmes. Ou ainda o grupo de vilões, que realizou uma partida de futebol de areia com a cabeça de um companheiro.

Por enquanto, não há sinais de triângulo amoroso entre os personagens principais, Nobara não é deixada de lado como acontece com personagens femininas em outros animes shonen. A química do trio é simplesmente incrível; eles parecem amigos de verdade em vez de adolescentes unidimensionais. Há luz e trevas dentro de cada um ali. Esqueça os personagens “santos” que já conheceu.

NÍVEIS DE PODER BEM ESTABELECIDOS

Anime Jujutsu Kaisen (Mappa/reprodução)

A primeira temporada também mostrou que os níveis de poder no anime são bem estabelecidos. Se você gosta de personagens overpower metidos, vai amar Satoru Gojo, o professor do protagonista. A personalidade dele é ao mesmo tempo irritante e apaixonante e tudo isso fica potencializado quando ele derrota os inimigos sem nem suar.

Abaixo dele, os cargos de feiticeiros e os níveis das maldições também são claros.

LUTAS ÉPICAS E HABILIDADES CRIATIVAS

Anime Jujutsu Kaisen (Mappa/reprodução)

Por fim, um dos destaques do universo de Jujutsu Kaisen são as habilidades dos personagens e como eles as utilizam em batalha. Cada feiticeiro aperfeiçoa um tipo de maestria de combate e as maldições geralmente têm habilidades associadas com a sua origem.

Quando esses dois polos se encontram em batalha, vários cenários se tornam possíveis, desde batalhas de inteligência até confrontos explosivos e altamente destrutivos.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

As melhores perguntas e respostas dadas por Tite Kubo criador de BLEACH

 


Entrevistas – Kubo Tite

Entrevista Tite Kubo Topo
Descobrindo curiosidades sobre a obra do mangaká mais troll da história
 
 
Trazendo algumas entrevistas que o mangaká Kubo Tite cedeu durante sua carreira, como o autor já deu muitas entrevistas, não estão todas aqui, porém, conforme eu for conseguindo as demais estarei atualizando essa postagem, então fiquem ligados que logo vai ter mais.
Dependendo da parte em que você está no mangá, ou no anime de Bleach, esse post pode conter spoilers então aqui fica o aviso, depois não venham reclamar.
 
 

Entrevista de Tite Kubo para a Shounen Jump Americana em março de 2006

Abaixo, confira uma entrevista dada pelo autor de BLEACH à Shonen Jump americana, em Março de 2006, mas antes, para entender a entrevista confira a legenda abaixo:
Entrevistador da Shonen Jump
Tite Kubo
 
“Conheça Tite Kubo, criador do grande mangá de ação: BLEACH. Aprendemos muito durante nossa conversa. Como: quando ele começou a desenhar mangá, ele sequer sabia o que estava fazendo, mas seu estilo de desenho conseguiu chamar a atenção de um editor. E a respeito de BLEACH estar recheado de referências musicais: quando ele está trabalhando na história, ele não pode nem mesmo ouvir rádio – mas claro, quando está desenhando uma cena de batalha, ele vai com tudo.”
 
Shonen Jump: Como foi que você entrou na área dos mangás?
Tite Kubo: No verão, enquanto estava no terceiro ano do colegial, foi a primeira vez que eu escrevi um mangá. Eu não tinha nenhum conhecimento de como desenhar um mangá – eu nem sabia que era preciso fazer rascunhos primeiro – então eu só desenhei direto no papel e mandei para a Weekly Shonen Jump para participar de um concurso. Eu não ganhei, mas eu recebi um telefonema de um dos editores sugerindo que nós trabalhássemos juntos.
 
Shonen Jump: O que vem primeiro, a história ou a arte?
Tite Kubo: É claro que, ou são as imagens ou os personagens – às vezes eu tenho ideias de como será a personalidade de alguns personagens e de como será sua aparência. A partir que você tenha tudo isso em mente, a história vai fluindo normalmente. A chave de tudo é amar os personagens, como se eles fossem reais.
 
Shonen Jump: Se você não fosse um mangaká, o que você faria?
Tite Kubo: Design Industrial, arquitetura – eu nunca estudei essas coisas, mas são bem interessantes.
 

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Colecionaveis - Megahouse Cowboy Beebop diorama

 





CRÍTICA | NEON GENESIS EVANGELION (NETFLIX)




Salvo um final destoante e facilmente ignorável, “Neon Genesis Evangelion” é não menos que uma obra prima.



Neon Genesis Evangelion é um anime original, de 26 episódios, lançado entre 1995 e 1996, produzido pelos estúdios Gainax e Tatsunoko, e dirigido pelo Hideaki Anno. Aqui no Brasil, foi exibido em diferentes versões (leia mais aqui), nos canais Locomotion e Animax.

Ele conta a história de um futuro pós-apocalíptico, com a Terra sendo invadida por criaturas gigantes, “Anjos”. Nesse cenário, a organização paramilitar japonesa NERV é a única capaz de deter tais bestas, utilizando misteriosos robôs gigantes, os EVAs, controlados por adolescentes nascidos depois de um evento conhecido como “Segundo Impacto”, um desastre de proporções mundiais causado pelo contato com um desses anjos.

O grande lance aqui é não só o que o anime conta, partindo de uma premissa interessante que possibilita uma porção de desenvolvimentos bacanas nela, mas também como o anime conta isso. Evangelion é absurdamente rico em explorar os artifícios possibilitados pela falta de amarras em animações. Tudo é muito bonito e bem detalhado. Desde os designs de personagens: diferentes uns dos outros, com características próprias em seus visuais que ajudam a montar suas personalidades; até a construção de mundo através dos cenários, como tudo sendo retratado em proporções enormes e inventivas, de modo que é maravilhoso ir descobrindo como tal sociedade foi inserindo a tecnologia no dia a dia: as salas de aula com chats em notebooks nas mesas; os prédios que entram no subterrâneo e ficam “pendurados” no teto; os EVAs e suas armas surgindo de prédios; os pilotos submersos num líquido que injeta ar diretamente pelo sangue deles, como se estivessem num útero etc.


Essa riqueza não fica só nas ideias bem boladas, mas se espalha nos quesitos técnicos de como a obra é feita. O anime abusa (no bom sentido) de ângulos interessantes, com a “câmera” pegando os personagens e cenários de maneiras pouco usuais em animes de TV. Ela vem de baixo, cima, lado, em close ups, focando em um objeto em primeiro plano enquanto os personagens estão ao fundo, fechando em algo no cenário enquanto apenas ouvimos o que está acontecendo (tem uma cena de sexo extremamente sensual onde não vemos nada do que está rolando) e por aí vai. Ele também usa a diferença de escala entre os personagens e o cenário para explicitar como, em alguns momentos, eles são pequenos e indefesos perante o que está acontecendo ao redor (rolam uns diálogos pessimistas enquanto personagens descem uma escada rolante gigantesca, que são muito bem bolados nesse sentido; também tem uma cena logo no início, bem apelativa nisso de “somos menores e indefesos”, com o Shinji se recusando a pilotar o EVA e quase chorando enquanto é diminuto perante a cabeça do mecha, então chega a Rei, toda quebrada, tendo que cumprir seu dever assim mesmo).

É incrível como usam seus próprios artifícios de linguagem para contar o que rolou com aquele mundo, mas sem exposições óbvias e artificiais. Não tem aquilo de um personagem sentar com outro e falar, “puxa, tá tudo perdido pois isso, isso e isso”. Essas informações vão sendo passadas organicamente, conforme a história vai pedindo. Por exemplo, somos melhor situados de como o planeta está abalado através das falas de um professor numa aula de história, que acontece em segundo plano enquanto a cena principal foca nos alunos interagindo no chat da turma e descobrindo que o Shinji é o piloto de um dos EVAs. É contar sem contar de verdade.

Na verdade, isso de mostrar em vez de contar é muito bem feito ao longo da série. Destaco alguns outros momentos assim. Por exemplo, durante uma convenção de segurança onde era Tóquio, tomamos ciência do que ocorreu para que a cidade ficasse naquele estado, entendemos o tanto de conflitos de interesse que rolam por ali, com a segurança mundial sendo posta na balança contra o lucro que isso geraria, e como o machismo ainda impera em tal sociedade através das atitudes que acontecem num debate. Em outro episódio, enquanto um comboio de navios da marinha transporta pro Japão mais um EVA, podemos observar as reações descrentes, por exemplo, de militares quanto aos investimentos financeiros (e de confiança) dos governos na NERV e em crianças para cuidar do mundo. Ainda nesse episódio, temos um deslumbre da destruição mundial através das cenas aquáticas, que mostram que cidades estão submersas naquele grande mar.

Há uma porção de episódios isolados que são muito bem construídos e exuberantes, ricos em seus roteiros e execução. Gosto muito do 2º, que omite durante bastante tempo o resultado de uma batalha, focando nos desdobramentos surgidos após ela, sem que saibamos até quase seu fim o que de verdade aconteceu. Aquele onde os personagens utilizam uma música para treinar uma “coreografia de batalha sincronizada” também é bastante criativo nessa premissa e ao mostrar como eles enfrentam coisas que estão fora de sua realidade futurística (usar escadas num apagão, por exemplo). O 18º deve ser meu favorito, brutal em construir uma cena final super agressiva em tela, mas também por conta da reação do protagonista, único a não saber quem é o verdadeiro novo piloto de EVA que entrou na equipe. A tensão é muito bem construída, sendo quase angustiante observar o caminho trágico que aquilo irá tomar. O 20º é uma bela viagem de ácido, que mescla o surrealismo do plot do episódio com uma loucura em tela animada.

Também é muito interessante como eles mostram como são importantes os momentos em que os personagens separam para se divertir. Pois é necessário se divertir, espairecer, mesmo em meio à contagem para o fim do mundo. São pequenos respiros na narrativa que não deixam que ela se torne pesada.

E tudo isso não seria possível sem o bom leque de personagens, bem criados e desenvolvidos através de ótimos plots e textos. Não há espaço para limitações unilaterais. Os “tons de cinza” são muito bem empregados, de modo que pessoas diferentes podem enxergar um mesmo indivíduo como vilão ou herói, dependendo de suas experiências de vida. É muito fácil se identificar ao menos com um em tantos deles.


O protagonista, Shinji, é um garoto estranho, solitário, introspectivo, que carrega mágoas deixadas pela ausência de seu pai. Ele que vai crescendo durante a narrativa conforme interage com os outros e adquire autoconfiança. Esse pai do Shinji, presta ou não? Vilão ou herói? Por que ele é tão respeitado fora de casa, mas tão odiado pelo filho? Por que o abandonou? Quais suas motivações reais? Asuka encarna bem o papel de tsundere do grupo, sendo mandona, agressiva e colocando-se como superior aos outros em poder, habilidades e maturidade. Só que, frequentemente, tal arrogância é podada através de algum fracasso, alguma frustração, o que libera suas inseguranças, seus traumas vividos. Rei é uma figura envolta em mistérios. Aparentemente subserviente à causa, quase cega ao seguir ordens e se desassociar de qualquer individualidade. Mas os motivos disso são bem mais profundos. Misato interpreta muito bem o papel de “sensei em shonen”, como a mestra cheia de habilidades, que exala autoconfiança e dispõe de uma paciência bem grande para ajudar os outros em seus devaneios adolescentes.

O bom trabalho em caracterização do anime entra novamente aqui, com os visuais dos personagens sendo utilizados para anabolizar os arquétipos que eles aparentam defender. Shinji ser baixinho e mirrado fortalece a sensação de indefesa nele; o cabelão ruivo (loiro?) da Asuka fortalece sua imagem de estrangeira mandona que não segue os estereótipos sociais japoneses; o corte assimétrico de cabelo da Rei fortalece a impressão dela ser alguém que não se encaixa ali; o guarda-roupa “bad girl militar fashion” da Misato contribui para que a enxerguemos como um mulherão que irá resolver tudo.

Mesmo os secundários são bem explorados aqui. Dentro da NERV, a Ritsuko funciona bem como comparsa de motivações dúbias, que vai se revelando cada vez mais importante e profunda em suas motivações conforme a série passa. O professor Kozo Fuyutsuki surpreende nisso de seu background ser bem mais importante pro todo que o imaginável. O Ryoji Kaji faz legal o papel do cara galanteador que, num primeiro momento, parece um babaca, mas se revela mais interessante conforme os episódios passam. Entre os alunos, Toji é perfeito naquilo de valentão-zoeiro da turma com profundidade em seus atos e motivações. Mas o melhor de todos é o Kensuke, que começa como um nerd positivamente interessado nas coisas, mas se revela um invejoso discriminador quando não tem suas expectativas atendidas.

Até os anjos são bem feitos e diferentes entre si. Distintos em formato, habilidades e no como causarão dificuldades para os heróis ao longo dos episódios. Isso permite que a narrativa “robôs gigantes enfrentando monstros episódicos” não se torne repetitiva de maneira alguma, pois eles podem variar de, vá lá, peixes e humanoides enormes até buracos interdimensionais e vírus que se multiplicam. Tudo inesperado.


Neon Genesis Evangelion, em sua quase totalidade, preenche todos os requisitos de um anime perfeito. É rico em sua animação, bem detalhada, construída e certeira ao tocar a história para frente. É rico em seu roteiro, com um texto ótimo e arcos narrativos que constroem bem os personagens na trama e o universo montado. É competente nas cenas onde o drama deve imperar, fazendo o mesmo nos momentos de humor, nonsense e ação. As batalhas são intensas, os inimigos são criativos, as pequenas resoluções episódicas são certeiras. Ele casa bem conceitos artísticos mais ousados dentro de uma narrativa, sem exagerar a ponto dela se tornar maçante dentro de tais inventividades. Afinal, o lance aqui é contar uma boa história. Com um apuro técnico e uma sensibilidade artística muito maior que o esperável numa produção animada de TV (em OVAs, aí a história é outra), sim, mas isso tudo, novamente, sendo usado para contar uma boa história.

Uma pena toda essa riqueza não ser utilizada nos 2 episódios finais da série de TV. Contextualizando, à época da produção do anime, não houve verba para animar o roteiro original que daria final ao desenho. De modo a remediar isso, o autor entregou nos episódios 25 e 26 algo totalmente diferente em clima narrativo, tom e qualidade do resto da obra. Ambos são horríveis em execução. Seria compreensível o uso de cenas reaproveitadas, frames congelados e até materiais de rascunho para encher os espaços vazios, caso o roteiro fizesse algum sentido. No entanto, o que vemos na dupla final é um quase dadaísmo sem qualquer sentido, pretensioso, estranho demais e insanamente desconfortável de assistir.

Rola uma mesma fórmula neles: levar a trama para dentro da cabeça dos personagens e resolver seus arcos dramáticos através de divagações. No entanto, o modo com isso é feito é ruim demais de assistir, com repetições irritantes que se tornam piores cada vez que relembradas (“eu sou tal personagem, eu sou tal personagem pela percepção da minha cabeça, eu sou tal personagem pela percepção da cabeça de tal outros personagem” e por aí vai). A cena final, com o elenco todo dando parabéns ao Shinji (que se tornou meme), é particularmente indigesta. Essa é uma vacilada bizarra que deixa um gosto final muito amargo na boca, quase comprometendo a percepção da série toda – não é a toa que Evangelion tem tantos haters.


A boa notícia é que essa besteira dupla pode ser ignorada, visto, no ano seguinte, ter rolado um longa-metragem (The End Of Evangelion, também disponível na Netflix) que, enfim, anima o roteiro original dos episódios 25 e 26, colocando um fim à história, aí sim, coerente com o que estava sendo contado, satisfatório e divertido de assistir.

Ignorando esse empecilho, Neon Genesis Evangelion é uma obra prima. Certamente, um dos melhores animes de todos os tempos, valendo cada hype, divulgação apaixonada de fãs e toda a fama que conquistou ao longo dos anos. Icônico em ambientação, trama, personagens e execução. Certamente, vale a conferida. Ainda mais agora, na Netflix, acessível para o grande público de forma oficial.


Esse texto toma como base apenas os 26 episódios de Neon Genesis Evangelion e o longa-metragem The End Of Evangelion, que estão disponíveis oficialmente aqui no Brasil através da Netflix. Os animes foram assistidos nas versões dubladas em português do estúdio Vox Mundi, que toma como base o original em japonês. Não tenho ideia se a adaptação está melhor ou pior em comparação às duas que já rolaram aqui no Brasil utilizando a tradução norte-americana, pois não conferi as versões dos estúdios Master Sound (a que passou na Locomotion) e da Álamo (no Animax).

Isso dito, consegui entender tudo o que se passava e, como toda boa dublagem, nem percebi que estava sendo feita. A única reclamação que tenho dela foi a escolha que fizeram para a versão mais nova da Asuka, cujo sotaque era carregado demais e muito diferente do modo como a Asuka adolescente falava.

terça-feira, 8 de junho de 2021

SUPERMAN: A SÉRIE ANIMADA GANHA REMASTERIZAÇÃO NO HBO MAX

 



Warner Bros. / Divulgação

Entre as novidades do mês de março do HBO Max, a plataforma anunciou que Superman: A Série Animada, estará sendo adicionada pela primeira vez em versão remasterizada em HD, via CBM.

Com a novidade a partir de 17 de março, a animação se junta as demais do Universo DC já disponíveis como Batman: A Série Animada, Batman do Futuro, Liga da Justiça, Liga da Justiça Sem Limites e Super Choque. Por enquanto, apenas Projeto Zeta está de fora do serviço.

Superman: A Série Animada foi produzida em 1996 e contou com três temporadas, ao total de 54 episódios. Aqui no Brasil, o HBO Max será lançado em Junho.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Desculpe, fãs de MCU, mas o Homem-Aranha de Sam Raimi ainda é o melhor


O Homem-Aranha MCU está bem, mas a série não se compara à magia da trilogia original de Sam Raimi.




Homem-Aranha (2002)

Com três atores interpretando o Homem-Aranha em live-action na era moderna, é de se esperar que os fãs os comparem com seus filmes, agora que Far From Home está nos cinemas. O diretor Sam Raimi lançou a franquia Sony em 2002 com Tobey Maguire, seguido uma década depois com a reinicialização de Marc Webb e da estrela Andrew Garfield. No entanto, depois que o estúdio firmou um contrato de coprodução com a Marvel, Tom Holland estreou como Peter Parker em Capitão América: Guerra Civil de 2016, marcando uma mudança para um herói mais jovem, no estilo dos quadrinhos Ultimate Spider-Man. Mas não se engane, o lançador de teias do Universo Cinematográfico Marvel é agradável, mas a era Raimi-Maguire continua sendo o padrão ouro.


Homem-Aranha (2002)


Agora, vamos tirar Webb e Garfield do caminho primeiro: Os filmes do Amazing Spider-Man não foram, de forma alguma, ruins. Foi construído em direção a histórias icônicas, como a morte de Gwen Stacy, e nos deu vilões como o Lagarto. O segundo filme, no entanto, não balançou bem seus inimigos, com Electro e outro Harry "Goblin" Osborn na mistura, criando um elenco compacto. Mas, no final das contas, o taciturno, emo e cheio de skate Peter Parker Garfield retratado foi decentemente feito, ampliado por uma química tão boa com Gwen de Emma Stone. Ainda assim, parecia apenas OK, perturbado pela sequência tentando fazer muito.


Homem-Aranha-Andrew-Garfield-Tom-Holland-and-Tobey-Maguire

É por isso que os fãs amam quase universalmente a visão de Holland e a visão do diretor Jon Watts, já que a nova história subverte totalmente o que veio antes. Nós temos Peter como o protegido de Tony Stark, mais voltado para a tecnologia do que faça você mesmo, e agora estamos obtendo toda a carreira de um jovem Spidey no ensino médio, que franquias anteriores não mergulharam como seu Os Homens-Aranha eram jovens adultos que estavam se mudando para os dias de faculdade e para o mercado de trabalho.


Watts é mais sobre a história do amadurecimento, no entanto, conforme Peter navega em seus dias de juventude, tornado ainda mais fresco pela falta de uma morte do Tio Ben e uma nova versão de MJ com Zendaya. Mas, no final das contas, isso realmente não carrega a tocha das histórias clássicas do Homem-Aranha, atualizadas para uma nova geração. É o Homem-Aranha milenar, com certeza, e muito mais exagerado do que os filmes originais, dando-nos aquele efeito alegre dos filmes de John Hughes. Você pode ver isso na relação entre Peter e seus colegas e também, com sua muito mais jovem tia May (Marisa Tomei). Acrescente o fato de que ele já é um Vingador, e você pode facilmente ver que este não é o Aranha do seu pai.


Mas por maior que seja o universo de Watts, o take de Raimi se destaca muito mais por causa de algumas coisas. Definitivamente honrou a visão clássica do personagem Stan Lee e Steve Ditko criado nos anos 60, focando no mantra, "Com grande poder vem grande responsabilidade." Isso informa o Aranha de Maguire muito melhor do que o de Holland, que se tornou um fanboy de Stark e o via como uma figura paterna, apesar de seu ego.


Este último tem mais estilo do que substância, enquanto a opinião de Raimi foi o oposto. Maguire realmente saiu como se os quadrinhos ganhassem vida com seu comportamento tão estranho, mas mais ainda, algo genuíno e sentimental. Você até viu como ele aspirava a ser fotógrafo, ao contrário do idiota da Holanda e do Garfield no meio dessas duas essências.


Além disso, a química de Maguire com Kirsten Dunst nos dois primeiros filmes foi fenomenal, e Raimi fez um trabalho incrível com seu Duende Verde e Doutor Octopus. O terceiro filme com Venom e Ninja Goblin errou o alvo, mas houve algumas partes boas com Sandman (além do terrível retcon de que ele matou o tio Ben).


Quando você pega os dois primeiros filmes de cada franquia, Raimi coloca o arrasador em um espaço melhor e realmente o tem como um herói que abriu seu caminho do zero. Holland teve muita ajuda de Stark, enquanto a versão de Garfield simplesmente não parecia ter crescido. O caráter de Maguire, porém, era tão profundo que parecia que você estava bem ao lado dele, vendo-o evoluir e amadurecer em seus estágios de vida, da tristeza ao amor.



Os filmes originais de Raimi também alcançaram o patamar com o resto do elenco, especialmente Tia May, de Rosemary Harris. Claro, o giro de Webb com Sally Field e a versão atualizada de Tomei não são ruins, mas você não pode errar com os clássicos. Especialmente quando eles são feitos quase à perfeição, de acordo com J. Jonah Jameson de Raimi!


Do jeito que está, os filmes do Homem-Aranha estão em uma trajetória ascendente, indo muito bem e revisando o passado, mas há uma espécie de mágica na série Raimi que ainda não foi recapturada.


A terceira tentativa da Holanda pode funcionar, mas agora, Maguire (e ei, vamos perdoá-lo pela sequência de dança em Homem-Aranha 3) nos envolveu em filmes que ajudaram a pavimentar o caminho para o gênero moderno de filmes de super-heróis e prestou homenagem adequada a o material de origem ao longo do caminho de uma maneira que poucas franquias de filmes de quadrinhos foram capazes de replicar. Raimi se agarrou ao antigo e fez algumas alterações bacanas para rolar com o tempo e, ao fazer isso, estabeleceu um padrão que ainda precisa ser elevado.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O Imortal Punho de Ferro

 Nome: O Imortal Punho de Ferro


Ano de Lançamento: 2007
Editora: Marvel Comics
Publicação: Série Mensal
Status: Cancelada/Terminada
Edições: #30

 Há muitos anos, na cidade mística de K-un-Lun, o jovem Danny Rand olhou fixamente para um traje protegido por vidro - a vestimenta do "IMORTAL PUNHO DE FERRO" - e soube que estava destinado a usá-lo. Mas de onde veio esse uniforme? Por que esperou Danny todos esses anos, como uma sombra em seu passado e futuro? A resposta para essas perguntas vai atordoar Danny e seus leitores, quando o mestre das artes marciais salta das páginas de DEMOLIDOR para sua própria serie - uma épica história de kung-fu que vai despedaçar todas as percepções do que significa ser o IMORTAL PUNHO DE FERRO!"

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    A Origem de Danny Rand Esp #02 
A Origem de Danny Rand (1974) - - - - Esp #02